segunda-feira, 14 de junho de 2010

Introdução: propriedades e aspectos gerais dos vírus e seu histórico.

Propriedades e aspectos gerais do vírus

A palavra vírus vem do latim e significa toxina ou veneno. O vírus é um organismo biológico com grande capacidade de autoduplicação, utilizando para isso sua estrutura celular.

Vírus são diferentes de todos os organismos, são acelulares, ou seja, não possuem estrutura celular e não apresentam a complexa maquinaria bioquímica necessária para fazer funcionar seu material genético. Desta forma, todos os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios.

Um vírus invade uma célula e assume o controle celular, fazendo com aque a maquinaria trabalhe quase que exclusivamente para produzir novos vírus. a infecção viral causa profundas alterações no metabolismo celular, podendo levar à morte das células infectadas. Todos os organismos são atacados por vírus desde simples bactéria até plantas passando por nós seres humaos.

Fonte:Biologia Interativa




Histórico

Você se lembra da teoria celular? Até 1935, o conceito de vida parecia estreitamente ligado ao conceito de célula. Acreditava-se que qualquer estrutura, para poder ser classificada como viva, deveria ter organização celular, mesmo que muito simples, com é o caso das bactérias.

Assim, foi uma surpresa a descoberta do vírus, organismos muito menores que a menor das bactérias, nos quais não há membrana plasmática, nem citoplasma, e nem ribossomos, elementos fundamentais para o metabolismo. O virus, de tamanho muito reduzido, nada mais são, normalmente, do que uma coleção de genes empacotados numa capa protéica. Apesar dessa simplicidade, eles se reproduzem e comandam reações metabólica, desde que estejam no inteiror das células que parasitam.

A história da descoberta desses organismos muito simples começou em 1883, quando o biólogo alemão Adolf Mayer estudava uma doença vegetal chamada de mosaico do tabaco. Essa doença impede o crescimento das plantas de tabaco, e suas folhas ficam com um aspecto manchado, lembrando um mosaico.

Mayer descobriu que a doença era contagiosa: ele conseguia transmitir o mosaico de uma planta paraa outra borrifando ''suco'' de folhas doentes sobre plantas saudáveis. Mayer procurou, no ''suco'' das plantas doentes, um microorganismo que pudesse ser responsabilizado pela infecção, mas não encontrou nada. Ele levantou a hipótese, então, de que a doença era causada por um tipo de ''bactéria'', porém tão pequena que não podia ser vista ao microscópio.

Cerca de dez anos depois, um russo, Dimitri Ivanowsky, testou a hipótese de Mayer. Ele passou o ''suco'' das folhas de tabaco doentes em um filtro especial, ultrafino, que normalmente retinha nos seus poros bactérias minúsculas. Apesar disso, o ''suco'' filtrado, quando aplicado em plantas saudáveis, continuava a provocar a doença! Assim mesmo Ivanowsky continuou acreditando que houvesse um microorganismo responsável pela doença. Segundo ele, duas possibilidades poderiam explicar os resultados:

a) a ''bactéria'' era tão pequena que havia atravessado os poros do filtro; assim, ela ainda estava presente no filtrado;

b) o filtro poderia ter retiro a ''bactéria'', mas havia passado, no filtrado, uma substância produzida pr ela - uma toxina -, que seria a causadora da doença.

A segunda hipótese foi rejeitada, em 1897, pelo holandês Beijerinck. Quando ele borrifava o ''suco'' filtrado em plantas de tabaco, ela contraíam evidentemente, a doença. O ''suco'' filtrado obtido da segunda geração de plantas continuava com a porpriedade de infectar outras plantas sadias, e assim por diante, de geração em geração. O ''suco'' filtrado não parecia se ''diluir'' quanto à sua capacidade de causar a doença;isso demonstra que o agente causador não devia ser uma substância química, que teria afetado apenas a primeira geração de plantas borrifada, mas sim um organismo vivo, capaz de se multiplicar.

No entanto, esse microorganismo, caso existisse, parecia ter propriedades especiais. Por exemplo, não era possível fazê-lo crescer em meio de cultura, como uma bactéria comum. Ele só se reproduzia ao infectar plantas de tabaco. Por outro lado, ele não era inativado pelo álcool, substância que costuma, normalmente, matar bactérias.

Finalmente, em 1935, o norte-americano Stanley conseguiu isolar a partícula que causava a infecção, utilizando quase uma tonelada de ''suco'' de folhas de tabaco com mosaico. Ele obteve um resíduo que foi purificado até se chegar a ''cristais'' em forma de agulha. Esses ''cristais'' tinham todas as propriedades de uma substância química: por exemplo, podiam ser dissolvidos e, mais tarde, recristalizados. Quando, no entanto, folhas de tabaco eram tratadas com uma solução desses ''cristais'', elas logo se infectavam, manifestando a doença.

Alguns anos mais tarde, verificou-se, ao microscópio eletrônico, que os ''cristais'' que causavam a doença tinham, na realidade, uma forma semelhante à de um cilindro.

Uma capa externa, feita de aproximadamente duas mil molécular idênticas de proteínas, envolvia um filamento de RNA, que funcionava como material genético. O primeiro vírus estudado, como todos os demais que foram descobertos desde então, tinha, portanto, uma organização bem mais simples do que a de uma bactéria, não apresentando sequer a estrutura celular mínima encontrada nos procariontes.

Fonte: Livro Biologia volume 1 - 7a edição, César e Sezar. Capítulo 16

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